Matrizes energéticas são as diferentes fontes de energia disponíveis para o desenvolvimento das atividades sociais. Seja na indústria, na produção de energia elétrica ou nos transportes, é necessário haver uma fonte de energia que possibilite o funcionamento das máquinas e realização dos trabalhos. Sendo uma das grandes preocupações da humanidade, as discussões sobre as matrizes energéticas ocupam grande espaço na mídia e nos centros de pesquisas tecnológicas, onde o grande desafio consiste em descobrir fontes de energia renováveis, baratas e “limpas”.
PRINCIPAIS MATRIZES ENERGÉTICAS
As matrizes energéticas são classificadas em: renováveis e não renováveis. À parte, aparece a energia nuclear, que ainda gera um grande debate na comunidade científica quanto à sua classificação.
Os combustíveis fósseis são exemplos de matrizes não renováveis. Estes combustíveis foram formados pela decomposição de matéria orgânica de plantas e animais há milhões de anos, sendo, portanto, esgotáveis.
MATRIZES NÃO RENOVÁVEIS
Petróleo - Apesar de toda tecnologia disponível no campo da produção energética, a sociedade ainda é completamente dependente dos combustíveis fósseis. Os derivados do petróleo, principalmente a gasolina e o óleo diesel, representam 35% de toda a fonte de energia utilizada no mundo. Os derivados do petróleo apresentam dois grandes problemas em sua utilização em larga escala: são fontes de energia não renováveis, e a dependência destes elementos pode gerar uma crise energética; a sua combustão libera uma quantidade muito grande de CO2 à atmosfera, intensificando o efeito estufa.
Carvão mineral - O carvão mineral corresponde a 25% da energia mundial. É a segunda fonte mais utilizada no planeta e apresenta as mesmas deficiências do petróleo: é uma fonte de energia não renovável e também libera grande quantidade de CO2 à atmosfera. Além disso, a atividade de extração deste mineral é, por muitas vezes, realizada em ambientes insalubres e de alta periculosidade para os operários, registrando alto índice de acidentes.
Gás natural – Dentre os combustíveis fósseis, é a opção mais barata e “limpa”. Representa 21% da matriz energética mundial e 10% da brasileira. Pode ser utilizado tanto na fabricação de energia elétrica quanto na indústria, porém, principalmente no Brasil, é mais utilizado no setor de transportes.
MATRIZES RENOVÁVEIS
Energia eólica - É a energia produzida pelo vento; funciona mediante o processo de transformação da energia cinética das massas de ar em energia mecânica ou elétrica. Apesar de ser uma energia limpa, ela apresenta impossibilidades, pois se limita às regiões em que venta e tem um custo relativamente alto. Os países que mais utilizam esta fonte são: Estados Unidos, Alemanha, Espanha e Índia.
Energia solar - Sem causar danos ao ambiente, a energia solar pode ser convertida diretamente em energia elétrica através de painéis solares e células fotovoltaicas. Os custos para a construção destes painéis e o baixo rendimento fazem com que esta fonte, embora promissora, seja pouco utilizada no cenário atual.
Energia hídrica - Consiste na produção de energia através do movimento da massa de água de rios ou lagos; é usada sobretudo na produção de energia em hidrelétricas, as quais, no Brasil, abastecem 76% do consumo de eletricidade. Um aspecto negativo desta fonte é o impacto ambiental, como o desgaste do solo e a perda da biodiversidade local.
Biomassa - Pode-se chamar de biomassa a energia renovável proveniente de qualquer material orgânico. Restos de madeira, de cana-de-açúcar, óleo vegetal, biocombustíveis, estrume do gado, resíduos florestas, lixo urbano são exemplos de biomassa. A biomassa é uma energia limpa, podendo ser utilizada na geração de energia elétrica através do bagaço da cana. O etanol e o biodiesel são biocombustíveis que apresentam, respectivamente, muitas vantagens em relação à gasolina e ao diesel comum. Uma delas é a redução de gases poluentes lançados à atmosfera.
ENERGIA NUCLEAR
Há divergências na sua classificação como renovável ou não renovável, mas, ainda assim, a energia nuclear é posta em questão também como uma grande alternativa aos combustíveis fósseis. Ela é adquirida por processos químicos nucleares como a fusão ou fissão nuclear. Mesmo sendo considerada uma energia limpa, ela apresenta diversos riscos como acidentes nucleares (como o acontecido em 1986, em Chernobyl/UA) e em relação ao armazenamento do lixo atômico. A energia nuclear é produzida no Brasil pelas usinas Angra I e Angra II, que correspondem a 3% do consumo de eletricidade. No mundo, esta fonte corresponde a 17% de toda eletricidade gerada. Na França, 77% da energia do país provem de fontes nucleares.
TRADUZINDO!
Ambiente insalubre: ambiente pouco saudável, propício a doenças.
Biodiversidade: variedade de organismos vivos que habitam diversos ecossistemas.
Fusão e fissão nuclear: fusão nuclear é o processo onde dois ou mais núcleos atômicos se unem, formando apenas um de maior número atômico. Fissão é justamente o oposto: é quando o núcleo do átomo se divide em dois de menor número atômico. Nos dois processos há uma grande liberação de energia, que é aproveitada para a geração de eletricidade.
Matriz Energética Brasileira
Segundo informações da ANEEL, em dezembro de 2009, o País possuía no total 2.203 empreendimentos em operação, gerando, aproximadamente, 107.241 MW de potência instalada, sendo aproximadamente 74% provenientes de hidrelétricas, 23,55% de termoelétricas, 1,9% energia nuclear e 0,67% a energia eólica. A adição de 37.407 MW na capacidade de geração do País é esperada para os próximos anos, proveniente dos 165 empreendimentos atualmente em construção e mais 435 empreendimentos com concessão e/ou autorização outorgada. Vale ressaltar que o Brasil sempre ocupou uma posição de destaque no cenário mundial no que diz respeito à hidroeletricidade, estando entre os países com maior capacidade hidrelétrica instalada. Conforme informado no Balanço Energético Nacional – BEN de 2008 elaborado pelo MME em conjunto com a Empresa de Pesquisa Energética – EPE, somente cerca de 30% do potencial hidroelétrico nacional foi explorado, já que sua maior parte se situa na Amazônia.
Segundo informações da ANEEL, em dezembro de 2009, o País possuía no total 2.203 empreendimentos em operação, gerando, aproximadamente, 107.241 MW de potência instalada, sendo aproximadamente 74% provenientes de hidrelétricas, 23,55% de termoelétricas, 1,9% energia nuclear e 0,67% a energia eólica. A adição de 37.407 MW na capacidade de geração do País é esperada para os próximos anos, proveniente dos 165 empreendimentos atualmente em construção e mais 435 empreendimentos com concessão e/ou autorização outorgada. Vale ressaltar que o Brasil sempre ocupou uma posição de destaque no cenário mundial no que diz respeito à hidroeletricidade, estando entre os países com maior capacidade hidrelétrica instalada. Conforme informado no Balanço Energético Nacional – BEN de 2008 elaborado pelo MME em conjunto com a Empresa de Pesquisa Energética – EPE, somente cerca de 30% do potencial hidroelétrico nacional foi explorado, já que sua maior parte se situa na Amazônia.
O Brasil é interconectado por mais de 90,3 mil km de linhas de transmissão de alta voltagem (230 kV ou mais), formando o Sistema Interligado Nacional (SIN) que atende cerca de 98% do consumo de energia do país. A capacidade instalada do parque gerador brasileiro conectado ao SIN é de 89,1 GW, da qual aproximadamente 83% é hidrelétrica. Essa capacidade instalada inclui metade da capacidade instalada de Itaipu – um total de 14.000MW detida em partes iguais pelo Brasil e pelo Paraguai. A Região Norte (Estados do Amapá, Roraima, Rondônia, Acre, Pará e Amazônia) não está interligada ao SIN, e, em razão disso, tal região é denominada de Sistema Isolado, o qual compreende 45% do território nacional, porém representa somente 7% da demanda total do país.
O Sistema Isolado é abastecido principalmente por fontes geração térmica a óleo combustível e a óleo diesel.
Para a substituição de tais fontes térmicas no Sistema Isolado por meio da implantação das PCHs, é previsto pela ANEEL o recebimento de incentivo do Fundo formado com recursos da Conta Consumo de Combustíveis Fósseis para financiar tais empreendimentos de energia renovável.